eu me fiz com medo de mudar.
eu me mudo, com medo de ficar mudo.
mas meu maior medo é mudar.
agora eu: mudo.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
sem título, sem número
Caos é vida, paz eu deixo pra depois. Divido com o verme que comer meus olhos.
ironia sem número.
Estranhamento, sim. Estranhamento de saber que muito do que eu pensei saber, nem de longe eu sabia. Estranhamento de não saber qual a minha posição (bem, quanta estupidez, "a minha posição", de que importa!), mesmo sabendo por onde estou. Ah, estranhamento: me estranho estranhando tudo isso. Não quero menos, não quero mais, não quero paz.
Eu quero tanta coisa! Inclusive os opostos. Nisso não há estranhamento. Ironia sem número.
Eu quero tanta coisa! Inclusive os opostos. Nisso não há estranhamento. Ironia sem número.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
lá longe, aqui perto.
tinjo meus dias com as cores dos teus.
fiz do teu projeto de mundo um canto do meu.
me pego surpreso, acreditando no que há tempos não acreditava mais.
todas as distâncias bem aqui, na minha frente.
fiz do teu projeto de mundo um canto do meu.
me pego surpreso, acreditando no que há tempos não acreditava mais.
todas as distâncias bem aqui, na minha frente.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
de olhos bem...
fecho os olhos e o que vejo é o mundo.
não este que nos cerca, cheio de pessoas lindas, jovens, saudáveis e felizes (saúde é felicidade: fale com seu médico), de bebês fofos, de cãezinhos sorridentes, com aquele aroma de rosas no ar.
o sorveteiro me chama. ele cospe no meu sorvete.
abro os olhos e o jovem é moribundo, os bebês são carcaças. os cães foram atropelados (difícil saber se foram realmente atropelados: antes de morrerem eram só pele e osso, famintos). a tevê da vitrine continua ligada e o cheiro de rosas é mais discreto.
fecho os olhos.
eu nunca enxerguei?
não este que nos cerca, cheio de pessoas lindas, jovens, saudáveis e felizes (saúde é felicidade: fale com seu médico), de bebês fofos, de cãezinhos sorridentes, com aquele aroma de rosas no ar.
o sorveteiro me chama. ele cospe no meu sorvete.
abro os olhos e o jovem é moribundo, os bebês são carcaças. os cães foram atropelados (difícil saber se foram realmente atropelados: antes de morrerem eram só pele e osso, famintos). a tevê da vitrine continua ligada e o cheiro de rosas é mais discreto.
fecho os olhos.
eu nunca enxerguei?
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