fecho os olhos e o que vejo é o mundo.
não este que nos cerca, cheio de pessoas lindas, jovens, saudáveis e felizes (saúde é felicidade: fale com seu médico), de bebês fofos, de cãezinhos sorridentes, com aquele aroma de rosas no ar.
o sorveteiro me chama. ele cospe no meu sorvete.
abro os olhos e o jovem é moribundo, os bebês são carcaças. os cães foram atropelados (difícil saber se foram realmente atropelados: antes de morrerem eram só pele e osso, famintos). a tevê da vitrine continua ligada e o cheiro de rosas é mais discreto.
fecho os olhos.
eu nunca enxerguei?
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