Já conheço os passos dessa estrada, sei que não vai dar em nada... Seus segredos sei de cór, já conheço as pedras do caminho e sei também que ali sozinho eu vou ficar, tanto pior... O que é que eu posso contra o encanto desse amor que eu nego tanto, evito tanto, e que no entanto volta sempre a enfeitiçar, com seus mesmos tristes velhos fatos, que num álbum de retrato eu teimo em colecionar...
Lá vou eu de novo como um tolo, procurar o desconsolo que cansei de conhecer... Novos dias tristes, noites claras. Versos, cartas, minha cara... Ainda volto a lhe escrever pra lhe dizer que isso é pecado. Eu trago o peito tão marcado de lembranças do passado, e você sabe a razão. Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto, a maltratar meu coração...
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