segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mozart e Shakespeare

Lembrando de Siffert, há algo que Mozart tão bem colocou em música e que Shakespeare tão bem colocou em palavras... "o coração me dança, mas não é de alegria".

Nessa valsa louca eu me perco, eu rodo, rodo, e não me acho. Não quero o passado, não estou mais apaixonado por ele. Mas tão menos quero esse futuro, essa espera.
Quero sorrir um bocado, sem me preocupar em me achar.

Eu danço, mas não de alegria...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Além, carnal.

O vazio como mais puro reflexo do completo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Das almas

Não há razão na busca de uma alma que compreenda a nossa.
"As almas são incomunicáveis".
Talvez por isso a vida seja uma festa de cores tão melancólica.
Talvez por isso a vida seja tão linda...

Das cores...

Por mais que eu consiga ver a beleza e as cores em tudo quanto me cerca, vejo a fina poeirinha cinzenta da tristeza sobre todas as superfícies.

E o espetáculo não é menor por causa disso...

À flor da pele

Sinto a vida em mim, latejante, exuberante, pronta pra explodir em todas as cores do mundo...

Mas não agora.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Divertimento

Falo de um tempo distante e já cinerário, quando éramos vários e viviamos o que digo aqui, um pouco para os outros e quase tudo para os meus feriados, que preencho infatigável com palavras. A laranja se abre em gomos translúcidos que ergo ao sol de uma lâmpada para observar o glóbulo sombrio das sementes por entre a linfa. De um dos gomos saem os Vigil, agora estou com eles e os outros na casa de Villa del Parque onde brincávamos de viver.