segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Nossa estranha gramática

Aos beijos e olhares que silencio pela semana à dentro segue-se a folia dos meus carinhos de finais de semana. Mas numa língua em que as palavras não se dizem e cuja norma e gramática são o silêncio, algumas frases - quietas, mas nem sempre discretas - de certa tristeza são incontornáveis. E neste momento de exceção tudo que nós é comum (se é que isso existe, ironicamente conhecemo-las justamente através dos signos dessa língua misteriosa) se faz incerto para os meus olhos. O sono vem, a noite passa - na manhã seguinte sou calmaria. É que eu lembro que existem outras línguas que podem ser faladas, e nelas sou capaz de traduzir um pouco do que me foge na nossa línguas de loucos.

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