segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

No que diz respeito àquilo em que eu gosto de perder tempo pensando, poderia dizer-se que me agrada um certo tom contemplativo, vago: poderíamos até dizer aéreo ou, forçando um pouco, metafísico.
Mas no que diz respeito ao que me arrebata pelo lado táctil, pelo lado epidérmico, pelo lado dos fluídos que me correm e preenchem o corpo, como poderia haver espaço para tais divagações?
Meu amor é táctil, meu amor tem cheiro de corpo, de suor: anseia pelo teu corpo, pelo teu suor. (Dá até vontade de escrever que nem o Bukowski, de quem eu nem gosto!)
Meu amor é primitivo, mas não por ser animalesco ou feito de puros imediatismos, e sim ser feito, também, de medo e de necessidade. Talvez infantil seja melhor palavra do que primitivo. Tanto faz.

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