domingo, 24 de outubro de 2010

tempos de festa

muito menos do que reflexão e posicionamento quanto ao que o indivíduo acredita ou pensa, o que vejo (a primeira pessoa aqui é fundamental por dois grandes motivos: o primeiro deles é grande só pra mim e não vem ao caso; o segundo é o óbvio: quem vê dessa forma sou eu) é a ação coletiva-não-contestatária de uma forma institucional da política pouco questionada. o ódio por um enaltece a imagem de um outro que se constrói sobre um passado comum a tantos e que hoje pouco mais é do que um reflexo torto (pra esquerda, pra direita) daquele sobre qual, pelo santíssimo departamento de publicidade e negação, também se constrói. a santíssima igreja do Estado clama pelo voto, através do qual você, meu queridíssimo próximo, se expressa. e cada vez mais, pacientíssimo, você se torna um reflexo desforme, as vezes a esquerda as vezes a direita de um elemento comum que já nem é mais capaz de reconhecer.
em um jogo no qual um se define pela negação do outro, mas mantendo uma mesma referência (zelai por nós, Santíssimo) a mudança é quantitativa, não qualitativa. ainda prefiro o arrombamento às cifras.

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